Inicio

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Google, Facebook e Apple censuram material cristão


Um estudo apresentado pela associação de comunicadores cristãos, National Religious Broadcasters (NRB), sediada nos Estados Unidos, aponta que existe uma tendência crescente a censurar questões religiosas na internet, especialmente em relação ao cristianismo. O informe tem um nome complicado: “True Liberty in a New Media Age: An Examination of the Threat of Anti-Christian Censorship and Other Viewpoint Discrimination on New Media Platforms” [de forma livre, Liberdade Verdadeira numa Nova Era Midiática: Análise da Ameaça da Censura Anticristã e da Discriminação de outras opiniões nos novos segmentos da mídia]. Mas a conclusão é que há fortes indícios disso, principalmente nas empresas Google, Apple, Facebook e Twitter.

A parte final mostra preocupação com os grandes grupos que hoje dominam a internet: “Nossa conclusão é de que as ideias e outros conteúdos religiosos cristãos enfrentam um perigo claro de censura nas plataformas de comunicação baseadas na rede”. Afinal, algumas empresas já proibiram abertamente conteúdo cristão, enquanto outras estabeleceram diretrizes que podem levar à censura. A Apple já bloqueou vários aplicativos de conteúdo cristão na loja iTunes. A primeira vez foi em março de 2011, quando censurou o material da Exodus International, ministério que se dedica a ajudar homossexuais a mudar seu estilo de vida. A empresa de Steve Jobs considerou o material ofensivo e disse que “violava suas diretrizes”. Em julho de 2011, a Apple retirou da loja iTunes o material da Christian Values Network, portal que financia organizações de caridade.

O motivo seria reclamações recebidas de que algumas organizações assistenciais tinham posturas fundamentalistas e se posicionavam contra os direitos dos homossexuais. O estudo conclui que a chamada “política de conduta da Apple” não usa os mesmos critérios quando se trata de humor ou comentários políticos, que desfrutam de privilégios mesmo que possam ofender determinados grupos. Existem mais de 420 mil aplicativos e apenas os de alguns cristãos foram censurados. Segundo o relatório, o site de buscas do Google se negou a veicular um do Christian Institute, justificando que tem “a política de não permitir publicidade relacionando aborto e religião”.

O Christian Institute processou a empresa, porém, o Google ainda bloqueia qualquer anúncio que contenha frases como “o aborto é assassinato” ou similares. Existem produtos e promoções que não são oferecidos a igrejas, grupos religiosos ou organizações que levem em consideração a religião ou orientação sexual ao contratar seus empregados. Além disso, a NRB afirma que quando operou na China com uma versão local, o Google mostrou concordância em cooperar com o governo para bloquear listas de palavras relacionadas com grupos religiosos. O informe da NRB cita ainda o que disse Scott Cleland, ex-subsecretário adjunto norte-americano para Políticas de Informação e Comunicação. Segundo ele, “o Google rejeita os valores tradicionais judaico-cristãos”.

Recentemente, dois ministérios evangélicos alegaram terem seus vídeos retirados do Youtube (que pertence ao Google) por exibirem “mensagem de ódio”. Na verdade, eram vídeos falando contra o aborto e o casamento gay. “Na semana passada, o YouTube proibiu uma mensagem do rabino ortodoxo Yehuda Levin porque ele criticou o movimento pelos direitos dos gays”, disse Craig Parshall, vice-presidente da NRB. Novamente, a justificativa foi “discurso do ódio”. Ainda segundo o informe, o Facebook proíbe “conteúdo religioso incitante e agendas político-religiosas” e também aplica censura, apagando comentários anti-homossexuais e mantém parcerias com organizações que promovem o estilo de vida LGBT.

O Twitter é quem possui o controle menos rígido, mas tem definições muito confusas do que consideram “discurso do ódio”, usando um filtro para que certos termos não entrem nos Trending Topics, os assuntos mais comentados do momento. Por fim, os provedores de serviços de internet Comcast, AT&T e Verizon também violam a liberdade de expressão e suas normas permitiriam censurar qualquer conteúdo cristão, afirma o estudo.


Fonte: Charisma News